domingo, 30 de maio de 2010

CEBs da Diocese de Itabuna

As Comunidades Eclesiais de Bases (CEB’s) da Diocese de Itabuna, realizaram no dia 29 de maio de 2010, a sua Assembléia Diocesana e escolheram nova coordenação Diocesana para o biênio 2010-2012.

Reunidos no salão paroquial da Igreja Santa Maria Goreti, no Bairro da Mangabinha em Itabuna, representantes dos vicariatos Norte, Sul e Centro, além de representantes de Pastorais, Movimentos e Grupos da Diocese de Itabuna, avaliaram a caminhada das CEB’s na Diocese, refletiram os desafios e aprofundarem no tema: CEB’s, Ecologia e Missão, reflexão feita pelo Frei Genilton(OFMcap), orientador espiritual das Pastorais Sociais. Questões com a Identidade das CEB's, Missão das CEB's frente aos novos desafios apresentados a Igreja, 12º Intereclesial das CEB's, foram aprofundados no encontro.

No final do evento foram escolhidos os novos representantes que irão animar, dinaminzar e coordenar as CEB's na Diocese de Itabuna, sendo eleita para Coordenadora Diocesana, Maria de Fátima Silva Paim (no centro, de vermelho), da Paróquia Santa Rita de Cássia, integrante da Ordem Franciscana Secular, para a Secretaria Diocesana foi eleita Rafaela Santos de Souza (a direita, de amarelo), da Paróquia Santa Maria Goreti e para Tesoureira, Adelaide Carvalho de Mendes (a esquerda de lilás) da comunidade São Sebastião, da Paróquia da Piedade.

Os compromissos assumidos no 12º Intereclesial de CEB"s, foram também assumidos pela nova coordenação da CEB's Diocesana, bem com as inspirações do Documento de Aparecida e as definições da última Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que trata as CEB’s como células vitais na Igreja. Também “Mensagem ao Povo de Deus Sobre as Comunidades Eclesiais de Base”, documento emitido pela CNBB, no último dia 12 de maio de 2010.

Queremos continuar animando nossas comunidades, para que elas sejam sempre mais “células vitais” na Igreja do Brasil, como destacaram os bispos na assembléia da CNBB, deste ano. Queremos continuar alimentando este ideal de “Gente simples fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes consegue mudanças extraordinárias”, provérbio africano proferido por dom Moacyr Grechi, bispo de Porto Velho, na abertura do 12º Intereclesial das CEB’s .
Ir. Marisa Ribeiro



segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ano Missionário da Diocese de Itabuna

A Diocese de Itabuna, no dia 23 de maio de 2010, realizou a celebração de Pentecostes e a abertura do Ano Missionário Diocesano, a nossa Igreja estará em estado permanente de missão, atendo apelo do Projeto Nacional de Evangelização: O Brasil na Missão Continental, na alegria de sermos Discípulos Missionários e estar em sintonia com o Documento de Aperecida.Foi realizado este importante evento na Paróquia de Nossa Senhora da Piedade no Bairro Maria Pinheiro, sendo uma manhã com reflexões e louvores e a celebração da Santa Eucaristia. Com a presença do Bispo Dom Ceslau, os padres e paroquianos das paróquias de Itabuna, religiosos e religiosas e os missionários redendoristas de Itabuna, Bom Jesus da Lapa e Salvador.
Marisa Ribeiro

quinta-feira, 20 de maio de 2010

PARTICIPAÇÃO POPULAR E CONTROLE SOCIAL DO JUDICIÁRIO


Nos dias 14 e 15 de maio de 2010, participei em Salvador do seminário de participação popular e controle social do judiciário na Faculdade de Direito da UFBA – Universidade Federal de Bahia. Este seminário foi uma iniciativa da APP – Articulação de Políticas Públicas da Bahia, que engloba diversas entidades não governamentais como: a Cáritas, o CIMI, FASE, CPT e tantas outras. Diante da constatação que todas as lutas populares no Estado esbarram diante do judiciário, que atrasa todos os processos ou simplesmente esquecem numa gaveta, vimos a urgência em fazermos o enfrentamento direto com o judiciário, que é extremante hierárquico, elitista e injusto.
Neste seminário contamos com a presença e o apoio de Dra. Cleide Ramos- Promotora Pública; Dr. Maurício Brasil – Ass. de Juízes para a Democracia; Dra. Marília Lomanto – Promotora; Luiz Jorge Moreno – Juiz do Maranhão e a Caravana da Cidadania do Piauí, na pessoa do advogado Arimatéia. Estavam presentes além das entidades membros da APP os índios Tupinambás, os Pataxós Hã Hã Hãe, comunidades quilombolas, o movimento CETA, os atingidos por barragens, Associação de Pescadores, Associação de Fundo de Pasto e tantas outras comunidades que sofrem com o descaso do judiciário em relação às suas lutas e necessidades.
Foram citadas várias situações: juízes e a polícia federal que se aliam aos fazendeiros para agredir, coagir e obrigar índios e quilombolas a deixar suas terras mesmo com toda a documentação regularizada; juízes latifundiários; trabalhadores que são mortos e juízes que nem ao menos aceitam a denúncia; trabalhadores presos arbitrariamente; agressão e prisão do Cacique Babau 02h00 sem mandato de prisão e sua transferência para uma penitenciária de segurança máxima sem nenhuma justificativa. Estes foram alguns casos que nortearam nosso debate.
O Juiz Jorge Moreno, nos ajudou em primeiro lugar a superar algumas idéias sobre o judiciário como: a morosidade, o judiciário não é moroso, é seletivo, quando se trata de defender os interesses da elite os juízes e mesmo o ministério público age muito rápido, sendo lento apenas no que interessa ao povo; excesso de trabalho, juízes não trabalha muito, atende apenas 12% da população, o acúmulo de processo é apenas uma estratégia para justificar sua falta de atenção para as classes populares e enfraquecer suas motivações; todos tem acesso a justiça, no Brasil e, sobretudo no nordeste só tem acesso a justiça quem pode pagar. A justiça exclui também pela linguagem, feita para não ser entendida por todos. Segundo o juiz o judiciário é antidemocrático dentro de uma democracia, sendo apenas um instrumento que serve as elites, e democracia é povo no comando. O Brasil é a única democracia em que o povo incomoda. É preciso exercer o controle social de modo que os juízes e promotores percebam que estão sendo fiscalizados, expondo-os ao constrangimento diante da sociedade.
Segundo a promotora Marília é impossível a sociedade exercer o controle do judiciário porque são um grupo que se coloca acima do bem e do mal, acima da lei. O estado penal era pra ser o estado providencial e se tornou o estado penitencial. É a policia que seleciona as pessoas que vai colocar no sistema criminal independente de ser um criminoso ou não, o Ministério Público tem o papel de legitimar a prisão.
O juiz Jorge Moreno indicou algumas formas pra sociedade exercer o controle social:
• Solicitar do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a relação de juízes e suas comarcas;
• Descobrir se eles são latifundiários (mandar ofício para o INCRA);
• Solicitar às ações que tramitam na justiça da Bahia discriminadas por vara e comarca;
• Descobrir como estão organizados os plantões dos juízes nos finais de semana;
• Que o juiz informe sua residência na comarca;
• Divulgação maciça das informações levantadas e das injustiças, sobretudo nos espaços comunitários;
• Provocar tensão para forçar o posicionamento do juiz e dos promotores;
• Visitar os locais de violação dos direitos. Deixar a comunidade falar, valorizar o canto, as orações...;
• Fazer o enfretamento direto: vigília cívica, jornadas, mutirão;
• Promover curso de capacitação, oficinas nas comunidades, cartilhas, júri popular;
• Criar o observatório da cidadania.
Todos os juízes e promotores presentes são muito perseguidos estão respondendo a diversos processos por exercer a justiça e muitas vezes dar ganho de causa ao povo. O juiz Jorge Moreno está respondendo a 35 processos, um deles por chamar o povo de companheiros e ao final foi aposentado sem ao menos ser informado, ele é jovem e quer trabalhar, por isso está recorrendo.
O seminário foi um momento riquíssimo de muito aprendizado, de troca de experiências, de expressão cultural (fiquei maravilhada com as apresentações dos indígenas, do grupo de teatro, a capoeira), mas, sobretudo de renovar o desejo de lutar pela justiça, pela democracia sem medo de morrer, como dizia Jorge Moreno: “só tenho medo dos castigos de Deus”.
No final do seminário foi redigida uma Representação e encaminhada ao CNJ denunciando os casos mais urgentes acima mencionados, e exigindo uma resposta dentro dos prazos da lei, bem como a ausência do Ministério Público sem informar o motivo.
Já iniciamos o controle do judiciário.

Ir. Suelí de Santana
CPT Ruy Barbosa,
19/05/10


terça-feira, 18 de maio de 2010

Irmãs Catequistas Franciscanas - Chile

Veja as nossas belas irmãs!!! Legal!!

III Congresso Nacional da CPT


Com o lema “No clamor dos povos da terra, a memória e a resistência em defesa da vida”, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) realiza seu terceiro Congresso Nacional, na cidade de Montes Claros (MG), semiárido brasileiro. Entre os dias 17 e 21 de maio, o evento irá receber cerca de 800 pessoas, entre agentes da pastoral da terra, trabalhadores, trabalhadoras, convidados, representantes de movimentos sociais e estudiosos de todo o país.

No III Congresso Nacional da CPT, como nos anteriores, a participação maior será de trabalhadores e trabalhadoras do campo. Eles é que apontarão os rumos para as ações da CPT nos próximos anos, para que ela mantenha sua fidelidade ao Deus dos pobres e aos pobres da terra.

O III Congresso alternará momentos de celebração com os de reflexão. Será celebrada a memória das lutas enfrentadas, das vitórias duramente conquistadas e o sangue derramado pelas centenas de mártires da terra. Serão ouvidos, também, os clamores que vêm do campo. Os clamores em defesa dos territórios ocupados e reivindicados pelas comunidades tradicionais; os da infinidade de famílias que resistem nas beiras das estradas à espera da Reforma Agrária, repetidamente anunciada e prometida, mas ignorada por quem deveria concretizá-la. Clamores de colonos e agricultores familiares que buscam produzir os alimentos de forma saudável, resgatando as sementes “crioulas”, “nativas” ou “da paixão”, e buscando produzir de forma natural, orgânica, livre da agressão dos venenos e do controle das grandes empresas transnacionais. Clamores ainda, de trabalhadores submetidos ao trabalho escravo, tratados como mercadoria descartável, espoliados de sua dignidade e cidadania.

O clamor dos povos do campo são gritos de resistência em defesa da vida, em defesa dos valores e da cultura camponeses. São também gritos em defesa da própria natureza, dos biomas e de sua biodiversidade agredida, violentada, depredada, destruída.

O estudo, a reflexão e os debates se darão em torno aos temas Biomas, Territórios e Diversidade Camponesa a partir das experiências vividas pelos camponeses e camponesas. Estas experiências serão apresentadas em quatro grandes tendas, divididas pelos biomas brasileiros: uma tenda para o bioma Amazônico, outra para a Caatinga, uma terceira para o Cerrado e Pantanal e a última para a Mata Atlântica e Pampa. Este trabalho apontará os desafios a serem enfrentados pela CPT nos próximos anos.

Precederão este trabalho, análises da Conjuntura sociopolítica e econômica; conjuntura relativa ao meio-ambiente e conjuntura eclesiástica. Estas análises exporão o cenário no qual se desenrola a vida no campo hoje e onde a CPT desenvolve sua ação. Elas serão feitas com a contribuição do padre e professor de Teologia, Benedito Ferraro (conjuntura eclesiástica), do geógrafo e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carlos Walter Porto-Gonçalves (conjuntura ambiental), e do pesquisador do Centro de Pesquisas e Apoio aos Trabalhadores (CEPAT), César Sanson.

Contexto

Este será o terceiro Congresso que a CPT realiza. O primeiro aconteceu, em 2001, em Bom Jesus da Lapa (BA), com a participação de 400 pessoas. Neste Congresso se reforçou a Missão da CPT, a necessidade de a CPT continuar ao lado dos homens e mulheres do campo e as grandes linhas de atuação em torno aos eixos Terra, Água e Direitos. O segundo Congresso, em 2005, realizou-se na histórica Cidade de Goiás (GO), sob o lema “Fidelidade aos Deus dos pobres a serviço dos povos da terra”. Cerca de 1.000 pessoas participaram. Deu-se no contexto da crise política, desencadeada pelas denúncias de corrupção envolvendo o PT e o governo Lula. Neste Congresso apareceram, com destaque, as consequências sentidas pelas comunidades por causa do avanço do agronegócio, e, também, se reafirmou a visão da terra como território e espaço de vida, que já aparecera no primeiro Congresso. Apontou-se, ainda, a necessidade de se trabalhar a construção de um Projeto Camponês, para enfrentar com mais clareza o modelo vigente.

O III Congresso Nacional da CPT acontece no contexto da grande crise do capitalismo mundial e de uma grande crise civilizatória, que derruba velhas referências e vai construindo novas. Acontece também em meio à crise climática que se expressa no aquecimento global. Neste cenário, a CPT vai buscar respostas adequadas ao momento atual para continuar fiel aos seus 35 anos de história.
Fonte: CPT

terça-feira, 11 de maio de 2010

ENCONTRO DA COORDENADORIA TODOS OS SANTOS

No clima de Páscoa... Passagem... Encontro...Vida Nova... CONTEMPLANDO A MADRUGADA DA RESSURREIÇÃO...nesta alegria chegamos até Feira de Santana, para um NOVO ENCONTRO da Coordenadoria, nos dias 07 à 09 de maio de 2010.
Fomos acolhidas no Recanto de Nazaré, pela fraternidade de Feira de Santana, lugar aconchegante que favoreceu o dinamismo de todo o encontro.

Iniciamos com um momento orante, refletindo a Espiritualidade como Identidade, dentro as reflexões feitas no encontrão da Província.
Em seguida, as fraternidades fizeram as partilhas da vida, vivenciada no decorrer do ano, destacando o que foi significativo, os desafios e as alegrias. Foi um momento forte de comunhão com cada realidade apresentada de vermos como a vida vai acontecendo no cotidiano de nossa missão.
A partir do texto: CATEQUESE NUM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO - Desafios do contexto sócio-cultural, religioso e eclesial, fizemos nossa partilha do estudo e aprofundamento dos aspectos do mundo urbano e suas influências em nossa ação missionária, tendo presente as linhas inspiradoras da congregação e as prioridades da província. Assim, continuando a reflexão sobre o mundo urbano, dentro deste aspecto refletimos sobre a questão das Juventudes, a partir das colocações de nossas assessoras, Irmãs Patrícia e Luciene, que nos levaram a mergulhar na história e reviver o nosso tempo de juventude, para olharmos para a realidade de nossos jovens hoje.
Deste modo, com todas as reflexões e partilhas, as equipes de formação, diaconia e SAV, se reuniram para partilhar a caminhada e programar as ações para o decorrer do ano e encaminhamento para o próximo ano.
Portanto, foi um encontro fraterno, de estudo, reflexão, oração, partilha... assim ficamos felizes pelo bom andamento da nossa caminha e isso nos enche cada vez mais de alegria e motivação para continuarmos nossa missão. Ao encerramos nosso encontro com um momento celebrativo fomos enviadas com o compromisso para sermos luzes em nossas realidades onde atuamos.
Um grande abraço a todas e Paz e Bem!!!

Marisa Ribeiro do Amaral